sexta-feira, 19 de junho de 2009

Amar


Amar
Que pode uma criatura senão,entre criaturas, amar?amar e esquecer,amar e malamar,amar, desamar, amar?sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,sozinho, em rotação universal, senãorodar também, e amar?amar o que o mar traz à praia,e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,o que é entrega ou adoração expectante,e amar o inóspito, o áspero,um vaso sem flor, um chão de ferro,e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,doação ilimitada a uma completa ingratidão,e na concha vazia do amor a procura medrosa,paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossaamar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 1 de junho de 2009


Escolhi ficar mais tempo só ...não escolhi a solidão ..escolhi não fazer parte da mesmice ou dar notícia..melhor ser a notícia

Engraçado que sentimos falta dos tempos que tudo era diversão …
Mas se juntar a mesma turma ,no mesmo buteco pra tomar a mesma marca de cerveja ..não será a mesma diversão .

Ainda gosto de tomar uma gelada ...de ter um papo furado com amigos...mas com um bom motivo pra parar meus planos ,meus deveres ,minhas coisas ...e do preferencia aos amigos que estão assim na mesma sintonia ..mais velhos ,mais maduros ...rs..estou velha …
Achei que iria demorar muito mais pra sentir isso na pele...
Se você ainda não sentiu isso quero te falar é muito estranho ...você vira sua mãe..rs.eu me vejo a minha mãe ...me pego com os mesmos moralismos dela...enfim a maturidade chegou a idade agora faz sua vez .